Cerca de 34 horas depois, alinhei em mais uma linha de partida. Mas se esta estava programada já com bastante tempo de antecedência, a anterior não esteve. E a verdade é que a brincadeira fez mossa.
Bem cedo parti em direção à Burinhosa, com o carro cheio, levando a família toda para uma bela manhã de desporto e convívio. Convencido que a prova principal começava às 10h, até chegamos um pouco mais cedo que o meu habitual. Mas foi bom, deu para a parvoíce do costume, equipar com calma e ainda aparvalhar mais num bom aquecimento.
Bem cedo parti em direção à Burinhosa, com o carro cheio, levando a família toda para uma bela manhã de desporto e convívio. Convencido que a prova principal começava às 10h, até chegamos um pouco mais cedo que o meu habitual. Mas foi bom, deu para a parvoíce do costume, equipar com calma e ainda aparvalhar mais num bom aquecimento.
Antes da prova já estava a sentir que não estava nas melhores condições. Sabia como me tinha sentido na sexta, solto e fresquinho, e naquela hora na linha de partida, nem se comparava às sensações que o meu corpo me estava a transmitir.
Sabendo disto, apostei num início rápido mas controlado. Esta prova tem uma meta volante aos 1900m com prémio monetário. Portanto nas primeiras centenas de metros estive sempre bastante atrás dos atletas da frente tal era o ritmo da disputa pela meta volante. Como vinha cá atrás, pude assistir a alguns atletas que com o passar do tempo iam encostando. Quando digo encostar, vi mesmo alguns a parar! Estragar uma prova por causa de uma meta volante que obviamente ficou entregue ao primeiro classificado… enfim.
Depois desta fase a prova entrou num ritmo mais controlado. Ultrapassei dois atletas que tal como eu não se envolveram em loucuras. Apesar de não me sentir tão solto como na sexta/sábado, estava a sentir-me bem e estava a fazer um ritmo interessante nesta fase inicial da prova. O psicológico não estava muito forte pois com a tal meta volante estava bastante distante dos primeiros lugares.
Concentrei-me no atleta que seguia à minha frente e passado uns minutos estava a ultrapassá-lo. E aqui começa o que seria o resto da minha prova. Via ao longe os atletas que seguiam na 2° e 3° posição mas com o passar dos quilómetros, num sobe e desce não muito duro mas desgastante, não via a distância a encurtar.
Segui no meu ritmo, passando numa estrada irregular com o asfalto em péssimas condições, o que para um forreta como eu que anda à 1000km com os mesmos ténis de competição foi complicado pois sentia qualquer pedra e buraco, o que condicionava a passada. Desculpas à parte, ao 8º km entrámos na Estrada de São Pedro que mais à frente nos levava a entrar novamente no Pinhal de Leiria. Passei aos 10km com 34:17/km, um tempo agradável para uma prova com quase 15km. Mas foi a partir daqui que tudo mudou.
A partir dos 11km a prova começa a descer. Um decline negativo agradável que deveria permitir um bom ritmo. O problema foi que o meu corpo rejeitou completamente esta ideia. Eu tentava puxar, tentava forçar e via o relógio teimosamente sempre acima dos 3:30/km. Psicologicamente deixei-me ir abaixo e percebi que assim era impossível sonhar com o 3º lugar.
Sabendo disto, apostei num início rápido mas controlado. Esta prova tem uma meta volante aos 1900m com prémio monetário. Portanto nas primeiras centenas de metros estive sempre bastante atrás dos atletas da frente tal era o ritmo da disputa pela meta volante. Como vinha cá atrás, pude assistir a alguns atletas que com o passar do tempo iam encostando. Quando digo encostar, vi mesmo alguns a parar! Estragar uma prova por causa de uma meta volante que obviamente ficou entregue ao primeiro classificado… enfim.
Fonte: Carlos Cunha |
Concentrei-me no atleta que seguia à minha frente e passado uns minutos estava a ultrapassá-lo. E aqui começa o que seria o resto da minha prova. Via ao longe os atletas que seguiam na 2° e 3° posição mas com o passar dos quilómetros, num sobe e desce não muito duro mas desgastante, não via a distância a encurtar.
Segui no meu ritmo, passando numa estrada irregular com o asfalto em péssimas condições, o que para um forreta como eu que anda à 1000km com os mesmos ténis de competição foi complicado pois sentia qualquer pedra e buraco, o que condicionava a passada. Desculpas à parte, ao 8º km entrámos na Estrada de São Pedro que mais à frente nos levava a entrar novamente no Pinhal de Leiria. Passei aos 10km com 34:17/km, um tempo agradável para uma prova com quase 15km. Mas foi a partir daqui que tudo mudou.
A partir dos 11km a prova começa a descer. Um decline negativo agradável que deveria permitir um bom ritmo. O problema foi que o meu corpo rejeitou completamente esta ideia. Eu tentava puxar, tentava forçar e via o relógio teimosamente sempre acima dos 3:30/km. Psicologicamente deixei-me ir abaixo e percebi que assim era impossível sonhar com o 3º lugar.
Aos 13km enfrentamos a parte mais dura da prova, uma subida com um declive positivo bastante agreste. Antes de sequer entrar na mesma, já estava a ver o Pedro Januário (atleta que seguia no 3º lugar) no fim da subida. Mesmo, sabendo era impossível chegar até ele, continuei a forçar. Não fazia sentido baixar o ritmo, com o Farol ali a 1 km de distância.
Estamos sempre a aprender. Já tinha feito provas no sábado e no domingo, e pensava que desta vez também não iria haver problema. Mas fez mossa. Uma prova à meia noite de sábado, treino sábado à tarde e prova no domingo, o corpo acabou por acusar algum cansaço. Só assim posso explicar o facto de ter feito uns ótimos 10kms (que poderiam ser melhores caso não fosse sempre sozinho) e depois com declive negativo tivesse deixado simplesmente de conseguir ter um ritmo forte.
Cortei a meta com 50m22s, 12 segundos pior que em 2015. A classificação também foi quase igual, com um igual 4º lugar na geral e em 1º do escalão sénior (em 2015 fui 2º). O Vale Grande conseguiu um excelente 2º lugar por equipas e um belo conjunto de pódios individuais! Para o ano temos de atacar o 1º lugar!
Estamos sempre a aprender. Já tinha feito provas no sábado e no domingo, e pensava que desta vez também não iria haver problema. Mas fez mossa. Uma prova à meia noite de sábado, treino sábado à tarde e prova no domingo, o corpo acabou por acusar algum cansaço. Só assim posso explicar o facto de ter feito uns ótimos 10kms (que poderiam ser melhores caso não fosse sempre sozinho) e depois com declive negativo tivesse deixado simplesmente de conseguir ter um ritmo forte.
Cortei a meta com 50m22s, 12 segundos pior que em 2015. A classificação também foi quase igual, com um igual 4º lugar na geral e em 1º do escalão sénior (em 2015 fui 2º). O Vale Grande conseguiu um excelente 2º lugar por equipas e um belo conjunto de pódios individuais! Para o ano temos de atacar o 1º lugar!
Todos os pensamentos negativos foram dissipados com mais um excelente almoço e convívio. A Burinhosa é perita em receber e em fazer com que os atletas lá voltem. Se tudo correr bem, lá estaremos para a 12ª edição!
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maio 29, 2017
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Ora aqui está uma que ainda não conheço. Tenho andado a adiar de ano para ano.
ResponderEliminarEssa de meta volante aos 1,900 numa prova com quase três léguas, é mesmo para os incautos estragarem a sua prova :)
Um abraço e parabéns por mais uma vitória. Seja na geral ou no escalão, é sempre a somar! :)
Tu não deixes perder esta João, tem um percurso bonito e interessante! É verdade que acaba por não ter muita gente a assistir, mas é apenas um pequeno contra. O convívio no final é mesmo muito bom :)
EliminarObrigado! Um abraço