Foi bom voltar a ver tantas caras conhecidas, pois com isto tudo já havia pessoas que não via há quase dois anos. Um aquecimento com diversas companhias, e foi tempo de seguir para a linha de partida. Felizmente o regulamento foi alterado e não houve partida em vagas. Cada vez mais perto da normalidade!
Tiro de partida dado. Após alguns zigzags (epa até disto tinha saudades), segui num bom ritmo uns 50 metros atrás do grupo da frente. Em Almeirim como os 20 e os 10 quilómetros partem ao mesmo tempo, não dá para perceber quem vai a uma prova e a outra, a não ser que consigamos olhar para a cor do dorsal do(a) atleta ao nosso lado. Nos primeiros 3/4 kms fui sempre acompanhado em bom ritmo com um atleta dos 20km. Fomos puxando um pelo outro, até eu começar a ganhar alguma distância e quando passei pela meta já seguia isolado.
Antes da separação das provas aos 6kms, ainda houve tempo para ultrapassar mais dois atletas (sendo que um deles acabei por vir a aperceber-me mais tarde que era atleta dos 10). Quando se deu a separação, seguindo os atletas dos 20 para a esquerda e os dos 10 para a direita, caiu-me a ficha: seguia isolado em 2º lugar. No meu campo de visão seguia apenas o líder da prova e o carro do cronómetro.
Sabia que tinha que dar muito chinelo se queria aproximar-me do líder da prova, mas num pequeno vislumbre do que se passava atrás de mim, percebi que não me podia distrair com quem vinha atrás de mim. Segui a bom ritmo até ao único retorno que havia na prova. Foram 2kms a menos de 3:20/km, e foi devido a essas boas sensações que estava a apresentar que me chocou o que me aconteceu depois do retorno.
Mal faço o retorno, o meu ritmo caiu a pique. Tento aumentar o ritmo e sinto as pernas presas. Quando olho para o relógio, ia acima dos 3:40/km. O vento que agora se fazia sentir contra também não estava a ajudar à festa. Vendo que a distância para o líder da prova não estava a aumentar, deu-me alguma motivação para continuar a forçar o aumento do ritmo, sendo que este acabou por voltar a baixar naturalmente.
No último quilómetro da prova, somos brindados com uma subida de cerca de 200m. Foi ai que senti que na verdade ainda me sentia com força e aproveitei para forçar o andamento. Sabia que era ínfima a hipótese de chegar ao primeiro lugar, mas ver a distância a encurtar dava-me motivação para continuar a seguir num ritmo alto. Mesmo com o segundo lugar garantido, a minha luta continua a ser, como sempre, contra mim mesmo e contra o relógio.
Acabei por cruzar a meta em segundo lugar da geral, com 33m56s. A uns meros, mas expressivos, 6 segundos do primeiro lugar. Se cumpri os meus objetivos? Diria a 99%. Queria sentir-me bem, solto, e leve. E queria fazer um tempo abaixo dos 34 minutos (também não ficaria extremamente descontente se fosse abaixo dos 35). Os outros 1% de desapontamento, ficam reservados para o facto de não ter feito recorde pessoal. Mas sabia que as condições meteorológicas não iam ser ideias para isso.
Mas a época ainda agora começou, por isso, siga! Amanhã há mais!
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