12ª Corrida de Santo António



Sim é Agosto. Sim a Corrida de Santo António foi a 2 de junho. Mas este meu cantinho da Internet é o meu “livro” da minha história no atletismo, e não podia deixar de escrever sobre a minha primeira prova depois da paragem forçada. Acho que neste momento toda a gente em Portugal e arredores sabe que fui atropelado em Março deste ano

Esta prova foi a primeira de 4 provas que fiz num espaço de 1 mês e meio. Todas elas já estava programadas independentemente de ter estado parado, simplesmente a ambição e preparação com que encarei este ciclo foi completamente diferente. Por exemplo, em Março em conversa com o meu treinador, esta prova iria ser encarada para tentar bater o meu recorde pessoal à distância dos 10km. Depois do que aconteceu, foi apenas encarada para perceber como estava depois de apenas 3 semanas de volta aos treinos. 

E como estava eu mentalmente? Tranquilo e sem pressão. Mas apreensivo. Apesar de toda a bicicleta e de estar de volta aos treinos, sabia que a minha lombar estava longe de estar ainda em condições, e sabia que quando apertava nos treinos, a sensação de dorido no pós treino era um sinal de que ainda não estava bem e que o caminho para recuperação total ainda estava a meio. Por isso, quando o sinal de partida foi dado, obviamente “não fui com eles”.

A prova acaba por não ter muita história. Para testar as águas, arrisquei um pouco na primeira parte e até o meu treinador que também fez a prova, quando passa por mim (já eu tinha feito a primeira viragem) diz-me para eu me resguardar. Coisa que eu devia ter feito claro. Naquele momento seguia num pequeno grupo e estava a tentar aproveitar o embalo e armado em campeão até seguia na frente do mesmo. Olhando para trás, percebo que não havia necessidade disso. Não estava ali para ganhar nada, os ritmos que estava a fazer eram medíocres (os primeiros 4 kms foram feitos para uma média de 3:20/km), e portanto estava a desgastar-me para nada. Claro que a partir daqui foi o descalabro.

Com o passar dos quilómetros acabei por ficar sozinho o que tornou ainda a tarefa de aguentar o esforço de estar a correr com umas pernas sem ritmo, com algum calor à mistura, e até o facto de estar a correr com carbono após tanto tempo estava a fazer o corpo “estranhar”. Aliás, sobre este tema, posso afirmar com toda a certeza algo que já sabia: correr com carbono é algo completamente diferente para o corpo. Já o tinha notado nos gémeos em provas mais rápidas (gémeos doridos e a querer contracturar após parar), mas nestes primeiros tempos após o traumatismo provocado pelo atropelamento, cada vez que corri com carbono, a sensação de lombar dorida era certa no final. 
Para terem noção o ritmo médio dos últimos 6 kms foi algo pelos 3:23-3:24/km. Foi basicamente serrar os dentes e tentar aguentar a vontade de desistir. Acabei por cruzar a meta em 10º da geral com um tempo final de 33m45s. Confesso que na altura fiquei um bocado frustrado com o tempo final. Sabia bem que era impossível ter feito melhor (e que ainda devia ter sido mais comedido na minha abordagem à prova) mas foi naquele momento que me bateu o quão dois meses de paragem e de regresso aos treinos (de corrida) me tinham afetado e estragado a época.

Mas a verdade é que o mês de Junho ainda estava no início e muitas surpresas estavam para vir…

Gostaram do artigo? Apoiem o blog comprando aqui o vosso material desportivo.

Resultados: 12ª Corrida de Santo António

Corrida de Santo António
agosto 7, 2024
0

Comentários

Search

Popular Posts

Olá Garmin Connect!

Num dos meus últimos artigos, referi que estava a ponderar deixar de usar o Str…

Análise Nike Pegasus 39

Eu tenho uma opinião muito própria sobre o calçado da Nike. Essa opinião foi fo…

Análise Kiprun KS900 Light

Existem modelos que nos caem no goto. Durante anos a fio, para treinar fui um a…

Análise Kiprun KS900

Esta época faz 10 anos que comecei a levar esta coisa da corrida um pouco mais …

Análise Kiprun KD900

Falta-me palavras para fazer uma introdução a esta análise. A únicas palavras q…

Contact Me